sábado, 27 de outubro de 2012

DANÇA DO FOGO

Um olhar do Declamador



A imortalidade só tem interesse com o pressuposto de sempre podermos reiniciar. É um filme que se repete, ininterruptamente. As palavras, nesta narrativa, procuram ser a legenda desse filme. Vai ficar mudo, para a mudança ser, a dança do fogo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Marco Cremasco «Frenesi»

FRENESI

por ser cor

o ar vibra
surtos florais

poliniza pássaros
matizes

nos pincéis
do sol


Marco Cremasco

Eleonora Marino Duarte - DECLARO CLARO RARO ARO




Publicado no blog Sensytiva

DECLARO CLARO RARO ARO

Teus olhos nos meus foram o límpido orvalho
nas plantas de uma ilha selvagem e inabitada.

Amo-o com a mesma força que a raiz ama a terra...
Sabes de que emoção eu falo, olho nos teus olhos,

sabes de que sentimento eu digo, raiz & terra,
tu sabes de tudo, mais do que entendo de nós...

Publicado na página "O Declamador" no Facebook

domingo, 21 de outubro de 2012

Leonardo b. «Já fui astro sem abrigo»



Poema dedicado à Lelena Terra Camargo
Publicado na Página de "O Declamador" no Facebook em 14 de Julho de 2012

JÁ FUI ASTRO SEM ABRIGO
a Lelena Terra Camargo
http://bipedefalante.blogspot.pt/

Sabem-me a mar as mãos que em mim derramam

o traço de giz , o fecho do circulo que me abriga
repousado na terra, o corpo do corpo recolhido no chão

[e que não se faça dia, ainda não!]
que cuidam-me da luz que se adentra em astro que já fui
pela porta no sol alinhada, bordada raiz onde também se envelhece o coração.
Sabem-me a manto, as emendas provisórias na linha da vida
essas rugas mãos de tecido frágil e fugaz,
que apesar do silêncio, quase murmúrio, quase espinho
do eu que em desalinho, não finjo, não sou capaz.

Já silêncio, ao primeiro canto da terra, às raízes do chão em giz derramado
no circulo que me adormece,
[talvez luz, talvez dia o dia que acontece]
sabem-me a mar essas mãos, eu não.

Junho 8, 2012
Leonardo B.
http://abarcadosamantes.blogspot.pt/2012/06/ja-fui-astro-sem-abrigo.html